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Apneustia

  • Marília Dagostin
  • 3 de fev. de 2017
  • 1 min de leitura

preciso falar um pouco saio da água e respiro parece que aqui não ouço se continuo aqui, não vivo

ainda encharcada, eu sei, mas meu desejo de liberdade foi mais forte e eu tentei seca, matar a saudade

a liberdade ou a vida? vejo você solene, coberta pela água não imagino a lida sem ti mas contigo me encho de mágoa

em algum momento do caminho nos perdemos, afogamos e você perdeu a cor assim nos tornamos sozinhos parados, já não andando sinto falta da minha flor

o impasse se declarou a gente dorme em cima do problema a frustração aumenta, não para seguir ou não era o dilema

não perco a esperança que a gente um dia queime de novo que volte a confiança e me entregue e eu te ame feito louco

toda aquela voz, nossa vontade na vida que dentro de nós, arde desfalecida cheia de nós, eu caio entorpecida

dentro de mim dorme a poetisa e de você, dorme a rosa uma hora acordaremos você com teu sorriso e eu com a minha prosa


 
 
 

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