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Barro de Gualeguaychu

  • Guilherme Güttler de Oliveira
  • 12 de nov. de 2015
  • 1 min de leitura

Na capital do Carnaval A cidade triplicou Véspera de Domingo de Ramos Procissão a um cantor

Filas de ônibus em movimento De Buenos Aires à fronteira E na Ponte de Zarate Pedestres balançam bandeiras

Pedem carona peregrinos Bravos passarinhos muchachitos Com as remeras de seu idolo Alguns com filhos e filhas Perpetuando a cultura andarilha

A rodovia passa a ter sentido único Mesmo contra as leis Um piquete cultural À Capital ninguém vai Todos vão ao recital

No local do ritual uma faixa recebe a todos Todos bem vindos para a missa Só a Botnia não é bem vinda

Bandeiras em todos os lados Bandeiras no coração Tremulando... faça sol ou não

As camisetas falam Várias vozes revolucionárias E ao contrário da canção Elas são escutadas

Culturas populares se misturam Nacionais e carvoeiros Rosarinos e meninos Colonos e tatengues Galinhas e bosteiros Estudantes e almagros Vindos de Caseros Partido de 3 de fevereiro Todos ricoteiros

Horas de procissão Até o local de adoração Onde o cavalo galopa A Meca lameou

Mais um desafio para todos Que enfrentarão o pogo Na areia movediça

Sapatos afundam Os grupos desaparecem Celulares não funcionam Ônibus não se encontram

Locais ajudam visitantes Abrem suas portas na madrugada Após um dia tão desgastante Nada melhor que uma parada

Pão e bolacha para a fome Chá para o frio cortante Água limpa para os tênis barreados

Várias pessoas perdidas Em busca de um sinal Para alguns, a história terminou em horas Para outras, um drama semanal

Mas tudo terminou bem Um sonho realizei E da cidade da grande cruz Levei o barro de Gualeguaychu


 
 
 

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