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Amiga Especial

  • Foto do escritor: Priscila Pfau
    Priscila Pfau
  • 17 de ago. de 2015
  • 1 min de leitura

Quando criança tive uma amiga especial. Ela fez parte da minha vida durante um período. Não sei quanto tempo. Lembro da aparência dela vagamente. Tinha cabelos encaracolados, castanhos claros, olhos azuis. Estava sempre com roupas vermelhas. Usava uma saia longa, estampada com tons vermelhos e amarelos, parecia feita de lenços assimétricos, um por cima do outro. Blusa vermelha. Pensando nela hoje, lembro que ela usava muitos acessórios dourados, provavelmente bijuterias, um pouco exagerado para a idade dela. Mas eu, claro, achava incrível. Mas o mais marcante nela era a alegria. Ela estava sempre sorrindo, as vezes gargalhando. Sempre tinha propostas de brincadeiras divertidas.

Certa vez, eu estava no sítio dos meus avós, em uma cidadezinha chamada Antônio Carlos. Não lembro do trajeto até lá, nenhum detalhe mesmo. Mas sei que ela também foi. Brincamos a tarde toda, até cansar. Conversávamos e ríamos, e então, por várias vezes nos jogávamos para trás, caindo no capim alto. Foi uma tarde e tanto. Tão marcante que lembro até hoje. Minha mãe estava na janela de um dos quartos da casa, nos olhando. Acenou!

Já no final de tarde, cansada, entrei em casa para tomar banho e jantar. Estava sozinha com minha mãe. E então ela perguntou com quem eu estava brincando e falando durante a tarde toda. Lembro que falei que era com a minha amiga. Não sei se ela tinha um nome. Mas naquele momento percebi que minha mãe não conseguia vê-la. Percebi também que isso não fazia a menor diferença para mim.


 
 
 

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