Suco de Laranja
- Jonny Santos
- 20 de jul. de 2015
- 2 min de leitura

Hoje algo estranho aconteceu, ao jantar, bebi refrigerante de laranja, algo incomum devido ao meu hábito próprio de tomar suco, hábito que adquiri com o tempo para meu próprio bem, e digo que não foi fácil de inicio.
Ao beber o refrigerante, senti aquele típico borbulhar na língua, o gás carbônico aprisionado artificialmente naquele liquido laranja se desprendendo e causando aquela sensação engraçada, tinha esquecido como era aquela sensação, mas o pior - ou seria melhor? - não foi sentir aquilo de novo, foi me dar conta de que eu poderia muito bem sobreviver sem aquela sensação, de que não é nada demais aquela efervescência perante a todos os males que o refrigerante trás, a quantidade de açúcar, que faz mal para os ossos, estômago, rins e etc, ele te causa tanto mal que por uma pequena sensação as pessoas esquecem tudo isso e abrem a boca pra dizer que não conseguem viver sem um copo de coca-cola.
Há certos relacionamentos que são que nem o relacionamento que eu tinha com o refrigerante, por uma pontinha de felicidade nós suportamos todo tipo de mal, e no fim do dia, ou até mesmo no futuro a gente só ver que fez mal a si mesmo, que deixou a oportunidade passar de ser realmente feliz, saudável, bem consigo mesmo. Quantas vezes você já ouviu alguém dizer que não consegue viver sem alguém? Ou até mesmo você já chegou a dizer, ou se não, pelo menos pensar isso umas dezenas de vezes na vida... E com o passar do tempo você esquece como é o gosto daquele refrigerante-pessoa, e até se assusta quando relembra e se dá conta de que não precisa daquela efervescência pra viver, não é? E tem pessoas que são como suco, são de verdade, são naturais, não te fazem mal, são puras e lindas da sua maneira de ser... Não precisam de corantes e nem adoçantes artificias para existirem e ocultarem todo o mal que te fazem.
O nosso problema é caracterizar certas coisas, ou pessoas, nessa vida como insubstituíveis ou sem elas não existiria vida, "o essencial é invisível aos olhos" já dizia o pequeno príncipe, podemos sim tomar refrigerante, numa balada, ou num fast-food no domingo, não faz mal de vez em quando, o que não podemos é dar prioridade ao que no faz mal, ou a quem.
E é por isso, que sempre prefiro suco.
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