Olhos Umedecidos
- Paulo Bossle
- 20 de jul. de 2015
- 2 min de leitura

Escrevo esse texto com o coração apertado e uma sensação de choro emocionado. Escrevo de uma vez só, sem pausa, pois a emoção é forte. Ontem, tive a oportunidade de assistir o vídeo da entrevista de uma jovem e promissora escritora e o depoimento desprotegido e sincero de outras escritoras. Na entrevista pude perceber, através do brilho nos olhos de cada uma dessas mulheres, uma determinação em, sem nenhum pudor, revelar publicamente seus anseios, desejos e vitórias construídas com muito esforço individual e enorme capacidade de superação. Seus olhos puros,limpos e francos, relatando seus temores de maneira escancarada me fizeram pensar como as mulheres são dotadas de uma sensibilidade que desmonta corações endurecidos. Fiquei pensando no que foi dito sobre os homens se exporem mais e refleti sobre os textos que leio e não cheguei a uma conclusão que validasse a afirmação. Vou procurar! Pude conhecer a voz, a expressão corporal e o rosto de cada uma dessas amigas escritoras, o que me garantiu uma melhor compreensão de seus textos. Ontem também fui surpreendido muito fortemente com um vídeo que circulou na internet sobre o reencontro de um homem acusado de um crime e sua companheira de escola, agora juíza e encarregada de dar uma sentença ao seu amigo de escola. O choro sincero e envergonhado de um homem, por razões que desconheço, trilhou um caminho diferente de sua amiga, me emocionou tanto, que não consegui assistir sem ter lágrimas em meus olhos. Isso me fez refletir sobre a necessidade que temos de encontrarmos e reencontrarmos em nossas vidas, pessoas capazes de nos direcionar positivamente, livrando-nos do mal que insiste em nos açodar e seduzir. Acho que tanto eu, como o homem envergonhado, temos uma oportunidade única, através de nossos reencontros e encontros, nos tornarmos pessoas melhores e felizes. Um abraço muito forte e especial em cada um de vocês, amigos escritores.
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