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Rodoviária

  • Ithalo Matheus
  • 8 de jun. de 2015
  • 1 min de leitura

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Lembro de ter ido a uma rodoviária uma vez, e ao ver muitos tipos de emoções acabei por absorver o seu calor. Nas despedidas você vê amores de todos os tipos e formas. Havia um jovem casal, realmente apaixonado. E foi o adeus mais demorado que eu já tinha testemunhado até aquele momento da minha vida. Havia uma família, o casal e dois filhos. Era menos apaixonado em comparação ao jovem casal de antes. Talvez o tempo os tivesse esfriado, ou o acaso os juntou agindo contra os seus sonhos e vontades. Volta logo papai, disseram as crianças, e então com um misto de alivio e tristeza, partiu o patriarca. Havia um senhor já idoso, sozinho, a espera de algo, quem sabe de algo transformador. Parecia falar sozinho, apenas observando as chegadas e partidas de seus pares com um olhar meio nostálgico e melancólico. Talvez fosse viúvo, talvez o tempo o esqueceu, ou a solidão o acolheu, não havia como saber. Tem coisa mais bonita que a despedida? Despedida é poesia concreta, palpável, tímidas emoções, algo difícil de definir, um misto de felicidade e tristeza. É um abraço apertado, qualquer tipo de beijo que possa gerar calor e ainda proporciona uma das melhores sensações da vida, o reencontro. Então, aproveite o dia, cada dia, cada despedida, cada reencontro, com o coração cheio, mas cheio de coisas boas. O universo agradece.


 
 
 

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