Segredo
- Paulo César Cabral Bossle
- 21 de mai. de 2015
- 3 min de leitura
Provavelmente muitos já defenderam teses sobre a importância dos livros nas pessoas. De como os livros induzem comportamentos e uma série de outras coisas. Boas e ruins. Ninguém pode desprezar a péssima literatura que vem acompanhada de palavras sedutoras. Acredito que seguramente me deixei influenciar por todas. O que fiz com a influência é que são elas. Confesso que, por uma razão tola, idêntica aquela que não via os programas do Sílvio Santos, muita literatura não passou pelos meus olhos. Livros atuais de vampiros tão cultuados por adolescentes (deve ser por isso que não gosto), não passam por minhas mãos. Livros do Paulo Coelho acreditem não li nenhum, mas reconheço sua força e talento como escritor. Teve um livro muito decantado em uma época recente que tinha o título de O Segredo. Não li, mas o tema era interessante. Tratava de assunto relacionado à nossa capacidade de atrair coisas boas e coisas más, dependendo de nossa atividade mental. O tema de O Segredo não é novidade, mas sempre desperta atração nas pessoas por sua leitura. Acho que é pela nossa carência afetiva, moral ,material e vontade de melhorarmos. Aos 14 anos – que período interessante -, passei a ler um livro de forma despretensiosa chamado “ Domínio de Si Mesmo pela Auto-Sugestão Consciente “ de Émile Coué. Poderia ser repetitivo e dizer que esse livro causou um grande impacto sobre mim, mas não vou dizer. Ele causou um impacto enorme. O livro, repleto de exemplos, me guia até hoje em atitudes que dependam mais de mim do que ações do meio. Ele trata do auto-tratamento, com regras tão simples que chegam a serem tolas, quais sejam: Só se pode pensar numa coisa de cada vez, e quando se concentra num pensamento, esse pensamento torna-se verdade porque o corpo o transforma em ação. Para um indivíduo que divaga como eu, isso paira no limite do absurdo, uma vez que minha capacidade de concentração é frequentemente desviada, até por simples comentários. Li e reli esse livro tanto ás vezes, que seus ensinamentos viraram quase que um mantra da minha vida. Hoje eu acredito que podemos curar ou amenizar nossas dores ou doenças, desde que saibamos sua origem, simplesmente com a força de nossa mente. Para exemplificar, cito dois exemplos de fácil compreensão: Tinha uma dor de cabeça crônica, que me atacava sem aviso, levando-me muitas vezes ao hospital, onde ficava por um ou dois dias, tamanha a dor. Um dia, deitado numa maca no hospital pronto para receber a injeção contra a dor, perguntei ao enfermeiro qual era o medicamento que estava sendo injetado e ele respondeu-me que era dipirona. Meu cérebro tomou um choque ao perceber que minha dor estava sendo curada por um medicamento tão simples, facilmente encontrado na farmácia. Sai do hospital com a convicção de que nunca voltaria mais ao hospital com dor, pois uma simples novalgina poderia curar-me. E isso de fato aconteceu. Há tempos não tenho dor de cabeça, mas sempre ando com uma novalgina no bolso. Noutra ocasião, como tenho pressão baixa, estava me sentindo mal. Desci ao posto de saúde e pedi para efetuarem a leitura de minha pressão. A enfermeira, ao efetuar a medição, arregalou os olhos e disse que ia chamar o médico. Minha pressão estava com 9/7. Antes de ela sair, eu disse que quando ela voltasse, o que ocorreu 20 segundos depois, eu estaria com minha pressão normalizada. O médico repetiu a leitura e minha pressão estava já em 11/7. São exemplos tolinhos, mas para mim é uma prova de que os ensinamentos daquele francês me fazem bem até hoje. (conversas entre amigos) Livro de Émile Coué está disponível na Internet.

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