Enfim, Cheguei aos 40 anos

Enfim, cheguei aos 40 anos. Impossível não dar uma pausa, olhar a minha volta e analisar o cenário. Bem, infelizmente o que vejo não é muito animador. Hoje em dia as pessoas enaltecem demais a beleza e esqueceram-se da única lei imutável da vida: todos nós envelhecemos. As pessoas teimam em recorrer a artimanhas e porque não dizer “sacrifícios” para de qualquer forma retardar o que já sabemos que é inevitável. Cirurgias plásticas, horas de massagem, esfoliação disso e daquilo, lipoaspiração, técnicas nunca antes imagináveis de dietas insanas. E daí vem a pergunta: Pra quê? Há alguns anos mudei a minha alimentação, e reduzi bastante o meu consumo de gordura e açúcar, e passei a me alimentar de mais frutas, vegetais e grãos, o que aliado a uma rotina de exercícios físicos faz com que me sinta bem, com saúde e muita disposição. Sim, passo protetor solar todos os dias e bebo muita água, mas nunca pensando em evitar o inevitável. Apenas quero ter saúde por muito tempo, pra ter qualidade de vida e envelhecer com dignidade. Bem, tenho que dizer ainda que essa qualidade de vida a que me refiro inclui belos e fartos cafés da tarde nos fins de semana, eventualmente pizza com amigos e aquele vinho gostoso e domingo em família com belo almoço. Nada disso deve ser evitado, pois as refeições colaboram muito com a reunião de pessoas queridas, e isso deve ser cultivado. Me olho no espelho e vejo um rosto ainda jovem e conservado, mas as primeiras rugas teimam em aparecer. Sim, pois com 40 anos elas DEVEM estar ali, pois são marcas que os anos registram não só no meu rosto, mas na minha alma. O tempo se encarrega de “tatuar” seus efeitos em nosso corpo, mas ao invés de escondê-los ou de simplesmente apagá-los, penso que as pessoas deveriam ter orgulho deles. Sim, pois contam a nossa história, nossa vivência, experiências e quem realmente somos.