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Casas e Casais

  • Roberta Güttler de Oliveira
  • 20 de abr. de 2015
  • 2 min de leitura

Cantinho aconchego 6.jpg

Faz uns dias que tive a oportunidade de ir a um churrasco na casa de um casal amigo. Não apenas um casal, têm sua filha, filhos, cachorros e gatos. A casa era simplesmente linda.

Quem me conhece sabe que adoro arquitetura, decoração, detalhes.

Não era nenhuma mansão, também não era uma casa pequena, o tamanho não importa. Mas uma casa cheia de detalhes, história, energia positiva. Pensei: Nossa, amei essa casa, que delícia, que capricho...é uma inspiração...muitas plantas, muita madeira, muitas almofadas coloridas, muitos objetos cheios de histórias!

Então me falaram que a casa foi construída há uns 30 anos. Pensei novamente: Será que vou levar 30 anos pra ter uma casa assim? E cheguei a conclusão que sim, levarei, no mínimo, uns 30 anos! E isso não me entristece nem um pouco.

Percebi, o que até já sabia mas só agora que realmente refleti sobre isto, que a casa é o reflexo de sua vida.

Nem todas as casas são assim. Mas existem pessoas que conseguem transmitir sua energia e história através dela, transformando-a no que se chama de lar.

Adoro ir numa casa, pode ser a mais simples de todas, mas que tenha suas toalhinhas, quadros e potinhos pintados com flores por sua dona, ou pela mãe, vó, tia...amo um artesanato! Adoro as fotos de família expostas na parede ou em porta-retratos. Adoro aquela estante de livros...ali diz muita coisa. Adoro aquele objeto estranho que você não entende direito, destoando do restante, e quando se vê melhor percebe que foi uma escultura feita pelo filho dos donos da casa quando tinha seus 5 anos.

Ah, que saudade me deu da casa dos meus avós. Os paternos, lá em Blumenau. Uma casa cheia de arte! Grande artista minha vó Iracê. A casa demonstra sua vivacidade e dinamismo. Aos seus oitenta e poucos anos ainda super ativa. E a pequena biblioteca do meu avô Jacó. Homem culto e muito carinhoso, ainda acompanha a D. Iracê pra cima e pra baixo. Passei muitas férias lá, lembranças gostosas.

Os avós maternos também moram numa delícia de casa. Que jardim maravilhoso, que capricho...desde minhas primeiras lembranças está lá a vó Ivana mexendo no quintal e tocando piano (não era sempre que tocava, mas lembro bem destes momentos). E o vô Carlos sentado em sua cadeira de balanço fazendo, é claro, suas palavras cruzadas com sua caneta, prancheta e dicionário sempre ao lado. Chego lá e sinto o cheiro da minha infância, dos meus primos, dos Natais onde sempre cantávamos "Noite Feliz". Os móveis até hoje são os mesmos e estão novinhos. Preferia mil vezes ganhar aquela mesinha de centro deles a ter qualquer móvel caríssimo de um designer famoso.

Espero que um dia meus futuros netos sintam saudade da casa da vovó Roberta e do vovô Victor, espero que minha casa transmita paz e energias positivas onde todos que venham uma vez, sempre tenham a vontade de voltar.

Escrito em Dezembro de 2014


 
 
 

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