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Dia da Mulher - Parabéns a Todos!

  • Roberta Güttler de Oliveira
  • 25 de mar. de 2015
  • 2 min de leitura

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Muitas vezes eu não me achei ser uma mulher. Fui criada igual a um guri. Meu pai só me deixou colocar brincos lá pelos meus 11 anos de idade, quando me confundiram com um menino (minha mãe faleceu quando eu tinha 9 anos). Foi aí que caiu a ficha dele: "é, Beta, acho que tu tens que deixar teu cabelo crescer mais, colocar um brinco, tirar este moletom." Mas juro, até então isto não me incomodava...foi só aí que caiu minha ficha também. Antes disso eu nem me ligava muito em qual gênero humano eu me encaixava. Fui muito moleque. Era muito boa em subir em árvores e muros. Os meninos sempre me atraíram de todas as maneiras. Por volta dos meus 3 anos, meus primos faziam xixi no quintal, competindo qual jato ia mais longe...eu queria tanto poder brincar daquilo também (não deixa de ser uma inveja do pênis..."Freud explica"). Sempre gostei de brincadeira de "menino" e meus pais nunca viram problema nenhum nisso, até incentivavam. Não faziam questão alguma que eu fosse uma "menininha". Meus pais sempre me deixaram livre pra eu ser eu. Não impuseram brincadeiras, roupas, religião. Apenas educação e estudo. Mais tarde minha atração por meninos foi mudando de querer ser igual a eles para querer estar com eles, conhecê-los e beijá-los. Minha vaidade estética foi aparecendo naturalmente na medida que meus hormônios foram mudando, e hoje ela está em um nível que considero saudável. Cresci. Paquerei. Ri e chorei. Dancei juntinho. Ri e chorei. Fiquei. Ri e chorei. Namorei. Ri e chorei. Transei. Ri e gozei. Casei. Ri e chorei. Engravidei. Ri e chorei...de tristezas e alegrias...de desilusões e de amores. E descobri que ser mulher é muito mais do que ser "menininha". Antes de tudo descobri que sou um ser. Um ser único que não precisa seguir molde nenhum. Descobri que não preciso jogar charme ou sensualizar pra se conseguir alguma coisa. Não, ser mulher definitivamente não é isso. Já li que muitas mulheres usam dessa arma, às vezes pelo fato de terem sido incentivadas desde pequenas por seus pais que cederam aos seus beijinhos, carinhas e bocas tão meiguinhas quando sabiam exatamente o que queriam e como deveriam pedir (Freud explica isso também?).

Garanto que em nenhum momento as brincadeiras de boneca ou casinha me fizeram falta pra eu ser uma "boa esposa" ou "boa mãe". Recebi carinho e amor dos meus pais que hoje passo à minha família. Não acho nada de errado nas brincadeiras de "menina", tanto que brinco de casinha com minha filha, porque ela adora. O importante é cada um brincar do que quiser, do que lhe atrai. Não acho errado ser vaidosa, tanto que coloquei brincos em minha filha em sua primeira semana de vida, só acho que ser mulher não é somente isso. Ah (...há!), tantas coisas em um "ser".

Emotiva, intuitiva, forte, guerreira, mãe, esposa e profissional. Somos isso! Mas tem homem assim também. Tem pessoas assim!

Por isso hoje parabenizo homens e mulheres. As mulheres com seu lado masculino e os homens com seu lado feminino. Perfeita combinação. Porque só mulherzinha e machão não dá!

Texto escrito dia 08/03/2015

 
 
 

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